RESENHAS


BARBOSA-LIMA, MARIA DA CONCEIÇÃO DE ALMEIDA; QUEIROZ, GLORIA REGINA PESSÔA CAMPELO. Conhecimento cientifico, seu ensino e aprendizagem: Atualidade do Construtivismo. Maria da Conceição de Almeida Barbosa-Lima é bacharel em Física, formada pelo Instituto de Física Armando Dias Tavares, UERJ; mestre em Educação pela PUC-Rio em 1993 e Doutora em Educação pela Faculdade de Educação da USPE, em 2001. Atualmente professora adjunta da Universidade do Estado do Rio de Janeiro atuando no Instituto de Física Armando Dias Tavares, procientista, credenciada junto ao IOC/FIOCRUZ e ao CEFET-Rio para atividades de Pós-graduação. Foi eleita secretaria regional do Rio de Janeiro da Sociedade Brasileira de Física para o biênio 2008-2010. Sua área de pesquisa é o Ensino de Física sendo a formação de professores para nível médio uma das linhas de pesquisa prioritárias. Atualmente a relação entre a educação inclusiva e o ensino da Física na escola tem sido uma das suas preocupações. Além dos estudos em linguagem e ensino de Física, Ciência e Arte e ensino de Física para os níveis fundamental e médio, também são áreas do seu interesse.

Gloria Regina Pessôa Campelo Queiroz, Doutorado em Educação pela Pontifícia Universidade católica do Rio de Janeiro, Brasil (2000) CREDENCIADO na Pós- graduação em Educação na Universidade Federal Fluminense, Brasil. Possui graduação em Licenciatura em Física pela Universidade do estado do Rio de Janeiro (1970), mestrado em Ciências dos materiais pelo Instituto Militar de Engenharia (1976). Atualmente a colaboradora credenciada no Programa da pós-graduação em Educação da Universidade federal Fluminense de professora adjunta do Instituto de Física Armando Dias Tavares, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), tem experiência na área de Educação, com ênfase em Ensino-aprendizagem de Física, pesquisando principalmente sobre os seguintes temas: Formação de professores de Física, Ensino de Física, Educação e Ciência, Ciências e Arte, Popularização da Ciência e Historia e Filosofia da Ciência.

BARBOSA-LIMA e XAVIER DE ARAÚJO (2003) afirma que a evolução das alternativas sendo mecânicas ou repetitivas vincula a construção de novas posições pedagógicas, pois o educador contribui de maneira significativa na formação do individuo, a partir do momento da escolha das “sementes” que serão lançadas. Assim, uma construção continua permeia descobertas, tendo como ação direta o conhecimento, seja ele cientifico de pesquisa ou conhecimento de mundo com uma única finalidade, que é o de inserir discentes ao ensino-aprendizagem. Uma aula adequada coerente, que atenda as necessidades e perspectivas de vida das mesmas, faz com que haja conscientização de aproximação da realidade de mundo e das diferenças do aluno. Visando uma percepção epistemológica com o intuito de concretizar o ensino-aprendizagem com uma estrutura cognitiva coerente, objetivando o sujeito envolvido.

Nesse processo pedagógico, a didática baseia-se nas referencias e no senso-comum, realizando através dessa junção um diálogo continuo, que busca uma realidade, tendo a diversidade de alternativas para a construção do conhecimento.

Marín Martinez (2003), busca organizar o construtivismo, temendo que o mesmo possa vir a ser um termo vago e impreciso quando afirma que “pode terminar por converte-se em um termo vago e impreciso se à afirmação de que o sujeito constrói o conhecimento não for recheada de conteúdo mais preciso” (p.49).

Discordamos, com isso por acreditar que existe um só tipo de construtivismo, que é uma linha de trabalho que respeita as informações que o aluno traz, ajudando o mesmo a construir novas informações e valores. Levando em consideração o cognitivo, englobando assim o estático e o dinâmico.

Assim sendo, este texto retrata a posição estrutural e métodos aceitáveis para que haja um conhecimento pedagógico construído pela interação do sujeito com o meio. Onde os professores trabalhem o aluno com a finalidade de incluí-lo na sua realidade. Dessa forma o aluno absorve as informações do processo pedagógico, mas o educador precisa estar capacitado para proporcionar essa conquista ao aluno.
 
Equipe: 

  • Edineuza Ana dos Santos 
  • Joseane Silva de Santana
  • Márcia Ribeiro de Oliveira da Silva
  • Maria Lucia Bastos Falcão
  • Tânia Lúcia da Costa Moraes


O PAPEL DO TEXTO DE DIVULGAÇÃO CIENTIFICA NA FORMAÇÃO DO ALUNO ADOLESCENTE.
          A leitura é muito importante para os alunos, visto que nessa “era” de informatização não  tem se dado muito valor a esta prática.
          É necessária uma leitura que analise o texto de forma a compreender os assuntos abordados. Atualmente os estudantes só lêem os textos que são cobrados em situações escolares, sem se preocupar em absorver o conteúdo, apenas memorizá-lo. Os textos científicos são esquecidos, o que acaba por afastar o estudante das situações reais e concretas.
          Foi realizada uma pesquisa científica com adolescentes de 15 anos, em 43 países, inclusive o Brasil, nas mais diversas áreas do conhecimento, através de uma entrevista, onde ficou concluído que os jovens não possuíam leitura interpretativa, ou seja,  eram analfabetos funcionais.
          Na atualidade, o conhecimento científico é a relação do homem com o mundo em que se vive, principalmente os adolescentes de 7ª e 8ª séries, que estão na fase da busca pelo conhecimento (sexualidade, esportes, religião), o texto científico tem por objetivo provocar a curiosidade sobre os mais diversos aspectos. Portanto o conhecimento científico para o adolescente é importante, pois oferece-lhe ferramentas para explorar o universo que o rodeia.
          Sendo assim, é necessário que o professor esteja “antenado” com as diversas características dos textos científicos para que possam transmiti-los aos seus alunos. Revistas como Galileu, Superinteressante, Ciência Hoje são exemplos de revistas com textos científicos com temas ricos e com uma linguagem leve, de fácil assimilação para os estudantes.
          Os adolescentes precisam ser estimulados a ter a sua curiosidade aguçada, portanto é necessário que as revistas de divulgação científica abordem temas atuais e interessantes para este público. Assuntos como AIDS, reencarnação, religião, morte, sexualidade e drogas são bastante apreciados pelos adolescentes, pois remetem a sociedade em que vivem, além de ampliar os seus conhecimentos e seus aspectos discursivos, linguísticos e a interação
com outros sujeitos sociais.

Equipe:
  • Fernanda Reboredo
  • Jussimeire Santos
  • Lilian Dantas
  • Luciana Ribeiro 
  • Virgínia Tavares  

 

A Prática Pedagógica e a Construção do Conhecimento Científico.
Sandra Regina Gardacho Pietrobon
 
Sandra Regina Gardacho Pietrobon é aluna do Mestrado em Educação da Puc, professora do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Centro Oeste. Autora do artigo apresentado na disciplina de Epistemologia e Metodologia da Pesquisa em Educação A Prática Pedagógica e a Construção do Conhecimento Científico.
No seu artigo, a autora faz uma análise epistemológica do conhecimento ao longo da história, abordando o conceito e a influência do paradigma dominante e do paradigma emergente na prática pedagógica e a formação do profissional docente para a construção do conhecimento.
No primeiro tópico, A Evolução do Conhecimento Científico, a autora relata a trajetória do conhecimento, iniciando pela Grécia onde houve um salto da visão mítica para a razão, chamada de logos, surgindo a epistemologia como teoria do conhecimento, que irá sistematizar o conhecimento válido.
Em seguida ressalta o conhecimento na Idade Média, permeado pela religião, fazendo com que a razão seja colocada em segundo plano e a fé fortalecida. Tais idéias são propagadas por Santo Agostinho e São Tomás de Aquino.
A partir do séc. XVII acontece o que a autora chama de “revolução do pensamento cientifico”, quando ocorre a separação entre o conhecimento cientifico e o conhecimento filosófico, com predomínio do racionalismo nas idéias de Descartes, “Penso, logo existo”, e Isaac Newton tendo como objetivo principal a dúvida para a busca do conhecimento.
Prosseguindo na sua contextualização histórica, ainda no Século XVIII, a autora destaca as idéias iluministas de Kant, que traz a razão como algo que irá unificar a ética e o conhecimento, e o Positivismo representado por Augusto Comte, que acredita na postura do cientista como observador do seu objeto de estudo, mais aplicável às ciências naturais do que às ciências humanas.
 Porém, é no século XX, destaca a autora, que surgi um novo paradigma da ciência, relacionando o objeto de estudo e o sujeito que passa a ser “receptor” do conhecimento, capaz de modificá-lo.
No segundo tópico, O Termo Paradigma e a Influência do Paradigma Dominante nos Campos do Conhecimento, a autora cita o conceito de paradigma segundo Thomas Khun, Edgar Morin e Capra.
Khun conceitua paradigma como um conjunto de crenças, técnicas e valores pertinentes a um grupo social e, também, destaca um elemento desse conjunto nas atividades científicas; Edgar Morin propõe uma abordagem multidisciplinar para a construção do conhecimento, paradigma da complexidade, conjunto de novas reflexões em oposição ao paradigma da simplicidade;  Capra propõe um paradigma social, salientando as mudança no campo da ciência e no campo social, denominando-o de paradigma emergente, que concebe o mundo de forma integrada e não de forma dicotomizada, como defendia outros pensadores cujos paradigmas tinham dois sentidos.
Ainda nesse tópico, a autora relaciona esses conceitos de paradigma à  educação cujas características do  paradigma cartesiano-newtoniano ou positivista, ainda faz-se presente na divisão das disciplinas e dos conteúdos escolares, formando educandos condicionados, impossibilitados  de errar e experimentar, fatores que impedem a avaliação dos conhecimentos gerais dos educando que, conduzidos pelo professor, reprodutor de idéias , não contribui para a construção de indivíduos autônomos, participantes da sociedade e formadores de opinião.
Continuando a refletir sobre Educação na perspectiva dos paradigmas conservadores, a autora destaca no terceiro tópico, Pedagogias Conservadoras e a Reprodução do Conhecimento Científico, características da Pedagogia Tradicional ou Diretiva que forma alunos reprodutores de conhecimentos, passivos e submissos e professores detentores do saber, temido pelo aluno, desvinculado do processo de ensino-aprendizagem que concebe o educando como uma “tabula rasa”, destituído de conhecimentos prévios que são produzidos pelo meio físico e social.  
Continuando a sua colocação em relação à Educação, ressalta a abordagem Humanista, onde o aluno é o centro do ensino, porém sem incentivo à reflexão e à criticidade pelo professor, facilitador do processo de ensino-aprendizagem, visto ser o conhecimento uma herança genética, sem muita interferência do meio físico ou social que, na “Escola Nova”  passa a ser reflexivo,  participativo e respeitado no seu processo educacional através de atividades livres.
Ainda nesse tópico, a abordagem Tecnicista, numa pedagogia de repetição e memorização, o aluno não participa do processo educativo e apresentando comportamentos moldados por uma orientação política e econômica pautada no regime militar.
Nesse quarto tópico, A Crise do Paradigma Dominante e o Paradigma Emergente, a autora destaca que o conhecimento da física quântica e o avanço tecnológico não impedem que o ser humano sofra as conseqüências geradas pela exploração da natureza, quando uma melhor qualidade de vida é esperada por todos. Com essa nova visão de mundo surge um novo paradigma que, segundo MORIN (2000) propõe uma visão global e não fragmentada da realidade, que percebe o sujeito como ser social, ético e dotado de valores.
Sendo assim, afirma a autora, cabe ao professor construir uma prática pedagógica baseada em um paradigma emergente onde o aluno torna-se parte do processo de ensino-aprendizagem, da educação infantil ao ensino superior.
Enfim, a autora conclui o seu trabalho colocando que, ainda hoje, percebe-se maior valorização do conhecimento produzido pelas ciências naturais do que pelas ciências sociais e humanas sendo necessário à Educação estimular o estudo, a pesquisa e a reflexão do aluno questionador, de forma interdisciplinar, recurso para a apreensão da realidade em oposição ao ainda vigente modelo de Educação baseado em um paradigma dominante.
A autora, na elaboração do seu artigo baseado em referências teóricas e práticas, relata o processo histórico sócio cultural da construção do conhecimento científico, sua contribuição e importância para a prática pedagógica, com objetividade, despertando o profissional docente para a reflexão sobre a sua práxis pedagógica e a sua importância social que precisa, através de uma formação continuada, lutar para superar as dificuldades atuais que enfrenta a Educação baseada em um paradigma dominante, pautando o seu trabalho com base no paradigma emergente, exigido pela contemporaneidade,  que conduz educadores e educandos a refletir e atuar, com autonomia e consciência na sociedade no qual estão inseridos.

Equipe: 
  • Airí Brandão
  • Daniela Brandão
  • Daniela Pereira
  • Joanice Bezerra

Texto: EPISTEMOLOGIA E CONHECIMENTO CIENTÍFICO: Refletindo sobre a  construção histórica da ciência através de uma docência investigativa. Autora: Profª. Drª. Joscely Maria Bassetto Galera.
Breve Histórico
Pedagoga formada pela UEPG. Especialista em Ensino Superior. Mestre em Educação pela PUC-RS em Administração Escolar – Gestão Educacional. Doutora em Educação pela UNICAMP na área de políticas de Educação – Sistemas Educativos. Uma das representantes do Paraná na missão de Educação para a Inglaterra e Espanha (1998), realizando Curso de Gestão Institucional no Instituto de Educação da Universidade de Londres e Educação à Distância na UNED de Madri.
Foi professora da Rede Estadual do Paraná – Curso de Magistério. Diretora de Escola de 1º Grau. Diretora Pedagógica no Ensino Superior. Chefe de Divisão do Ensino Superior do CEFET-PR/Unidade de Pato Branco – Chefe de Núcleo Regional de Educação – Pato Branco de 1999 a 2000.
Professora da disciplina de Metodologia Científica, desde 1984 e concursada pelo CEFET-PR desde 1994. Membro da ANPAE (Associação Nacional em Pesquisa da Administração da Educação, onde atua como pesquisadora na área de Gestão de Políticas Educacionais, Educação e Tecnologia e Pesquisa Científica). 
Atualmente pertence ao corpo docente do Sistema CEFET-PR, como professora do Ensino Superior de Pós-Graduação.
Cabem aqui alguns comentários e reflexões:
1. Introdução 
A autora, professora de Metodologia Científica propõe a necessidade de ensinar aos alunos fazerem “ciência” e o cuidado que se deve ter de levar o conceito de normas e regras consideradas inquestionáveis associada à tarefa de ensinar a perguntar. Ela é muito feliz quando chama a atenção para o hábito da reflexão nos profissionais que fazem ciência.
Desta forma, ela diz que se deve procurar evitar através da disciplina de Metodologia Científica o mito cultural de que o produto da ciência não se discute, porque foi construída a idéia de que se a ciência constatou, torna-se algo verdadeiro.
A expansão da ciência dentro da nossa cultura ao longo da história mostra o seu sucesso e o descaso com a filosofia, pois afastou a dúvida privilegiando a certeza, super valorizando a tecnologia.
2. Ciência, história e filosofia: Princípios fundamentais ao se abordar a questão da pesquisa cientifica
A Professora e Draª Joscely Maria Bacetto Galera inicia este tópico explicando a origem da palavra Ciências. Porém, na continuidade do seu artigo ela dificulta o entendimento do leitor por fazer citações de épocas, civilizações e pensamento de certos filósofos. Quando ela cita os princípios fundamentais para fazer uma pesquisa cientifica, ela associa a palavra ciência com consciência, porque de acordo com sua opinião para se conhecer alguma coisa é preciso ter consciência da existência do que está sendo pesquisado, segundo afirmação dela não depende dos nossos sentidos, porém nesse aspecto discordamos do seu ponto de vista, acreditando ser necessário tanto ter consciência como os sentidos.
O artigo se torna confuso quando ela cita a maneira como os magos interpretavam a natureza, faz citação do feudalismo, dos pensamentos de Platão, Aristóteles e Descarte. Quando ela menciona a fase da ciência moderna é louvável. Ela expõe que os homens procuraram desenvolver métodos, ordens e medidas. Se o seu artigo fosse abalizado dentro desta introdução, ele seria menos complexo, mais claro e inteligível, ela não teria feito uso de tantos conceitos diferentes para explicar um determinado assunto. O artigo deveria ser pautado em cima da simplicidade e simplificação dos fatos e conceitos abordados.
3. As contribuições de Newton, Kant e a consolidação do projeto da modernidade.
Neste item a professora procura buscar fundamentação de cientistas do século XVII ao século XX para mostrar a evolução da ciência ao longo da história. A sua abordagem é resumida, porém deixa clara a sua intenção de mostrar a evolução da ciência dentro do contexto cultural substituindo a incerteza pela exatidão.
A esperança de que o homem poderia ter um conhecimento total e fiel da realidade concretizou-se com Newton e Kant no século XVII. Passando-se a dizer e descrever, quanto é e como é cada coisa, criando assim o método científico, substituindo a incerteza pela exatidão e isso foi levado a todas as áreas do conhecimento, até mesmo às ciências humanas, que se separou da filosofia, até o século XIX, quando a ciência passa a duvidar da mesma, demonstrando que ela é dinâmica, contestada.
Ademais, graças à evolução dela mesma é possível discordar do método Neutonianao, não aceitá-lo como único, descobre-se que o cientista se apropria da realidade com instrumentos de observação e quantificação com validade e dependem  muito da aceitação dessas validades e não das suas teorias. Nesse século percebe-se pela história que o presente comparado com o passado é melhor e superior e o futuro será melhor e superior ainda mais, o entusiasmo, norteando a evolução, até mesmo influenciando a filosofia, emergindo utopias, como o anarquismo, o socialismo e o comunismo, como novo horizonte justo e feliz, oprimindo e explorando o povo. A própria evolução da história colocou tais euforias em questão quando emergiu o fascismo, o nazismo e o estalinismo, fazendo com que cientistas e filósofos confirmassem que o homem tem dominado o homem para o seu próprio prejuízo.
Já no século XX, os vários acontecimentos, surgem às desconfianças no otimismo científico e tecnológico do século XIX:
1º) 2 guerras mundiais;
2º) O bombardeio de Hiroxima e Nagasaki;
3º) Os campos de concentração nazistas;
4º) As Guerras da Coréia, Vietnã, Oriente Médio, Afeganistão;
5º) As invasões comunistas da Hungria, Checoslováquia;
6º) As ditaduras da América Latina;
7º) Devastações dos Mares, das Florestas, das Terras, Poluição do ar;
8º) Os perigos do câncer provenientes de alimentos e medicamentos duvidosos;
9º) Aumento dos distúrbios e sofrimentos mentais;
10º) A desigualdade social, dentre outras.
Percebe-se assim que a contribuição de Newton e Kant e a evolução da história e da ciência não têm trazido o tão esperado, mundo justo e feliz para todos na modernidade e sim uma série de problemas para a humanidade, principalmente para os mais explorados e oprimidos.
 4. Epistemologia e Ciência: Rumo á Ciência pós moderna
 Continuando no estudo e análise do texto da autora percebe-se que, fazer ciência vai mais do que dominar a natureza e regular, das relações dos homens com os outros, a partir de critérios inventados. É a descoberta do novo, de mecanismos para que venha melhorar a qualidade de vida do homem (como vacinas, cura de doenças, tecnologias, entre outros), a descoberta e estudo de novos seres vivos (como bactéria, protozoários, vírus etc.) que nem sempre o homem tem pleno domínio por estes seres. É a construção do conhecimento que será evoluído ou questionado ao longo do tempo, o refletir e exercitar suas práticas, pois, à medida que novos paradigmas são lançados surgirão novas teorias e questionamentos que poderão contribuir ou não com o processo científico.
A busca pelo reconhecimento no meio cientifico muitas vezes leva a discordância e a competição bloqueando os diálogos tornando às vezes as pesquisas uma pratica solitária.
5. A guisa de conclusão
          Ao concluirmos percebemos que a história da ciência é um campo de pesquisa que não se esgota. Sendo estudada sob diferentes perspectivas, principalmente quando se trata do aspecto humano.
Nessa cultura de super valorização da tecnologia, o poder da filosofia não nos permite o fator histórico, tendo em vista que historicamente o poder da filosofia não era comum a todos os homens e sim aqueles que permitiam status social.
Não se pode imaginar hoje a figura de um profissional crítico e com habilidade do direito, que seja capaz de pensar por problemas e racionalizar dialeticamente, sem que esteja inserido nesse debate filosófico e preparado para a problematização da verdade.
Através da história da ciência no ensino podemos perceber a formação cultural do mundo em que vivemos. Perceber também as idéias que ainda fazem parte do senso comum, como já superados, o momento político, as dificuldades enfrentadas, apresenta não só os resultados da ciência, mas também o que é ciência.
            A história da ciência leva o aluno a perceber o caráter humano da construção cientifica, vendo o cientista também como um homem comum, que pode errar. Como todas as pessoas erram e que sofre influência cultural, social entre outros.
            Cabe a escola, como instituição social, buscar todas as formas e considerar todos os meios para repensar a dinâmica do conhecimento, visando o fazer cientifico, quebrando os paradigmas e não esquecendo o exercício da liberdade.
Quem faz história é o homem, individualmente ou em grupo, pelas suas obras, resultantes das suas maneiras de pensar, sentir e agir. Então, no passado ou no presente, a humanidade fez ou faz história (fatos).
Então, não se produz História sobre “tempo” ou sobre “espaço”. Produz-se História a partir de realizações transformadoras do homem, em determinados locais e épocas. 

Equipe:
  • Cintia Viana
  • José Carlos Figueiredo
  • Juliana Brasil
  • Marta Eliene de Jesus
  • Taiane Conceição Ramos

 

Título:  A transposição didática como intermediadora entre o conhecimento científico e o conhecimento escolar.
Autor: Dominguini, Lucas, Mestre em Educação pelo Programa de pós-Graduação em educação (PPGE) da Universidade do Extremo Sul Catarinense -  UNESC (2010). Atualmente é professor efetivo da EEB João Dagostim e outras. tem experiência docente na área de Quiímica e Física. Realiza pesquisa sobre Livro Didático e Educação em Engenharia.
Revista eletrônica de ciências da educação, campo largo, V7, n. 2, Nov. 2008.
No presente artigo o autor ressalta, sistematicamente, a caracterização humana como um ser socialmente frágil, que necessita adquirir o conhecimento do mundo objetivo, dos hábitos, habilidades, valores e comportamentos necessários à sua subsistência, por meio do acesso ao saber histórico da humanidade – empírico (popular) e sistematizado (científico).
Ele enfatiza que esse processo de internalização ou interiorização do conhecimento pressupõe a adaptação do saber científico para disponibilização às novas gerações sob a forma de conhecimento escolar, o que é mediado através da transposição didática.
A Transposição Didática por sua vez é um “instrumento” pelo qual analisamos o movimento do saber sábio (aquele que os cientistas descobrem) para o saber a ensinar (aquele que está nos livros didáticos) e, por este, ao saber ensinado (aquele que realmente acontece em sala de aula). Em um sentido restrito, pode ser entendido como a passagem do saber científico ao saber ensinado.
O autor pontua, ainda, o risco da transposição em despersonalizar e descaracterizar os conceitos científicos, apoiando-se em pontos de vista convergentes de outros autores, quando afirmam que os conteúdos de ensino do livro didático ficam aquém do verdadeiro conhecimento científico elaborado, porém, mediante a grande importância da organização do trabalho cognitivo como produção do conhecimento vê-se necessário a observância deste argumento com a constante análise  de como os conhecimentos científicos  estão inseridos no espaço educacional propiciando acessibilidade ao conhecimento científico de origem
Não obstante a adoção de uma linguagem clara e objetiva, o texto se torna monótono e cansativo pela excessiva repetição dos pontos focais, deixando um espaço em assuntos que seriam de suma importância para os educadores como, quais os tipos de conhecimento científico, podem e devem ser transposto para educação infantil e fundamental e quem o deve fazê-lo.

Equipe:
  • Francislene Nascimento
  • Lília Sena Moísés
  • Lueide M. C. Melo
  • Míriam do Espirito Santo

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